A ergonomia de verdade é adaptada para o trabalhador, e não o contrário

Saiba como aplicar ergonomia no trabalho de maneira correta para promover melhor desempenho e produtividade com conforto, segurança e saúde.

Muitas empresas acreditam, equivocadamente, que aplicar ergonomia no ambiente de trabalho diz respeito apenas a uma forma correta de sentar-se em frente ao computador, por exemplo ou, ainda, contratar um perfil físico “adequado” para determinada função. Contudo, a NR-17 estabelece que ergonomia significa adaptar o trabalho ao empregado, e não o oposto

Por isso, elaboramos este texto para esclarecer o que é ergonomia, um termo tão utilizado e divulgado, mas que ainda gera tantas dúvidas e falhas de aplicação no dia a dia corporativo. Continue lendo para descobrir qual o erro das empresas e como aplicá-la verdadeiramente e colher seus resultados.

O que é ergonomia e como aplicá-la de acordo com a NR-17?

A NR-17, Norma Regulamentadora de nº 17, aborda e regulamenta especificamente a ergonomia para o exercício CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Logo no início do documento do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e estabelecida pelo MTb (Ministro de Estado do Trabalho), encontra-se seu objetivo, que é descrito como a seguir.

“17.1.1 Esta Norma Regulamentadora – NR visa estabelecer as diretrizes e os requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, saúde e desempenho eficiente no trabalho

17.1.1.1 As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário dos postos de trabalho, ao trabalho com máquinas, equipamentos e ferramentas manuais, às condições de conforto no ambiente de trabalho e à própria organização do trabalho.”[…]

Conforme dito anteriormente e exposto acima, a aplicação de ergonomia requer adaptação das condições de trabalho ao empregado, enquanto algumas empresas falham em pensar e fazer o contrário, conforme veremos a seguir. Veremos também como fugir deste erro comum a partir de uma importante ferramenta.

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O que é Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) e qual o principal erro das empresas a ser evitado?

Muito mais do que uma exigência que serve para comprovar a aposentadoria especial, que é seu principal objetivo, o documento histórico-laboral serve como uma excelente fonte de dados individualizada sobre a saúde do colaborador. O PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) deve ser iniciado quando o colaborador entra na empresa e atualizado ao menos 1 vez ao ano, de acordo com a lei.

Vale lembrar, que desde junho de 2021 este documento tornou-se digital com preenchimento realizado por meio do e-Social. Assim ficou ainda mais fácil e dinâmico ter acesso a estes dados do colaborador. Portanto, é indispensável que o profissional de SST (Saúde e Segurança no Trabalho) faça seu preenchimento ou, ao menos, tenha acesso a ele.

Dessa forma, o profissional pode tomar medidas de prevenção como uso de EPIs adequados aos riscos do ambiente e aplicar ergonomia de acordo com o perfil do trabalhador e sua função. Analisando o mesmo documento, o profissional de Recursos Humanos, por exemplo, pode também tirar proveito e avaliar melhor as qualidades e critérios realmente necessários para um cargo, não se limitando a questões físicas ou superficiais e até preconceituosas.

Isso porque, um dos maiores erros das empresas no que diz respeito à ergonomia, é ter ideias equivocadas ou empíricas a respeito do perfil ideal de uma função e querer adaptar o trabalhador a ela, julgando ser o mais adequado. Por exemplo, deixar de contratar uma pessoa de estatura mais baixa ou mais magra para o cargo de carregador de móveis ou objetos pesados, sendo que tal perfil não confirma por si só falta de força ou de saúde.

Portanto, é preciso ir além e pensar como um todo quais são efetivamente as características desejáveis em um trabalhador, avaliando suas habilidades cognitivas, técnicas e comportamentais, e não apenas seu biotipo. Com o PPP é possível uma avaliação mais assertiva e embasada em dados para as contratações, reduzindo prejuízos de rotatividade, rescisões e acidentes de trabalho.

Outra alternativa para reduzir riscos e problemas em cargos que exigem força física, por exemplo, é além do uso de EPIs e aplicação da ergonomia, avaliar de forma rigorosa a saúde dos trabalhadores, não permitir horas excessivas de trabalho e contar com sistemas ou equipamentos que facilitam o manuseio dos produtos a serem transportados. 

Em muitos casos é válido um investimento para que se evite grandes prejuízos e que, assim, também possa trazer retornos a médio e longo prazo. Outro excelente investimento, é investir no conhecimento dos gestores e colaboradores sobre as normas de segurança e exigências legais, de modo a cumprí-las e evitar possíveis acidentes e consequentes penalidades.

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