Técnico de segurança do trabalho e a arte de proteger
Por redação do Instituto Treni
Um técnico de segurança do trabalho que sabe que, no Brasil, 700 mil pessoas sofrem acidentes laborais por ano, precisa ser um mestre na arte da persuasão. Isso porque um dos maiores desafios para a gestão de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais é a resistência dos trabalhadores em usar os equipamentos de proteção individual (EPI). Ora, as alegações para não usarem os EPIs são muitas. Por exemplo, eles dizem que não é nada confortável usar EPI, como óculos de segurança. Nesse caso, o mais inteligente para dissuadi-los quanto à sua percepção é concordar sobre o incômodo do item de segurança. Porém, há argumentos para fazê-los mudar de ideia. Qualquer equipamento pode causar desconforto, mas, com o tempo, é perfeitamente possível de se acostumar, não é mesmo?
Outra desculpa do empregado é não gostar de ser obrigado a usar o EPI. Bem, se existe a obrigatoriedade por lei, o trabalhador precisa ser racional e entender que essa exigência é para a proteção dele, e o empregador precisa cumprir e fazer cumprir essa lei. Mais um pretexto para não querer usar é o tal do esquecimento. Esquecer é um defeito que precisa ser corrigido para o próprio bem dele, pois assim demostra que não tem disciplina, e nenhum profissional chega a algum lugar sem método, especialmente para sua própria proteção. Outra razão para não querer usar EPI é mais disparatada ainda, pois muitos acreditam que o produto, seja um capacete ou uma bota, não vai protegê-los coisa nenhuma.
Contra esse argumento, o técnico precisa ser bastante didático, fundamentando cada aspecto do EPI que lhe confere proteção. Aliás, durante os treinamentos, que também são obrigatórios por lei, os profissionais de segurança precisam transmitir o essencial ao trabalhador: é ele que é responsável por sua própria segurança.