Assédio só vem do chefe? Descubra as outras formas que acontecem no trabalho

Quando falamos em assédio no ambiente de trabalho, muitas pessoas imaginam um chefe gritando ou fazendo piadas ofensivas com alguém da equipe. Esse tipo de conduta realmente existe, mas está longe de ser a única forma de assédio. E mais importante: nem sempre parte de quem tem cargo de liderança.

O assédio pode ser moral ou sexual, e pode ocorrer em diversas direções dentro da empresa. Pode vir de um superior, de um colega ou até de um subordinado. Pode acontecer por meio de palavras, atitudes, omissões ou insinuações. Às vezes, se disfarça em brincadeiras. Em outras, se esconde sob o argumento de que “é só o jeito da pessoa”.

Compreender essas diferentes formas é essencial para promover ambientes seguros, éticos e respeitosos. A seguir, explicamos como o assédio se manifesta na prática.

 

Quando o chefe passa dos limites

Esse é o tipo mais conhecido. É quando uma pessoa em cargo de chefia usa seu poder para intimidar, humilhar ou constranger alguém da equipe.

No assédio moral, isso aparece em gritos, humilhações públicas, exclusão de reuniões ou cobrança exagerada.
No assédio sexual, pode envolver chantagens, propostas constrangedoras ou vantagens oferecidas em troca de favores.

Quem sofre esse tipo de abuso costuma ter medo de denunciar por receio de retaliação ou demissão.

Quando o assédio vem de subordinados

Pode parecer estranho, mas também existe assédio de baixo para cima. Isso acontece quando a equipe desrespeita ou sabota um gestor, geralmente por ele ser novo, jovem, mulher ou de um grupo minorizado.

Esse tipo de assédio inclui boicotes, fofocas, ironias públicas, desobediência intencional e até piadas com duplo sentido. O objetivo é enfraquecer a autoridade e criar instabilidade.

Quando colegas viram agressores

O assédio entre colegas, do mesmo nível hierárquico, também é comum. Ele acontece principalmente em ambientes competitivos, sem liderança firme ou com cultura de rivalidade.

No assédio moral, isso pode ser fofoca, exclusão de grupos, sabotagem de tarefas ou piadas maldosas.
No assédio sexual, aparecem toques sem consentimento, convites insistentes, mensagens impróprias ou comentários sobre aparência.

Às vezes, tudo isso é tratado como “brincadeira”, o que agrava ainda mais a situação.

Quando o problema está na cultura da empresa

Em alguns casos, o assédio é generalizado. Acontece por parte de líderes, colegas e até setores inteiros. A empresa não reage, não acolhe e nem escuta quem sofre.
Esse é o chamado assédio institucional ou misto.

Quem vive isso se sente desamparado. Não sabe a quem recorrer. É um sinal claro de que a cultura da empresa permite o abuso e normaliza a violência.

Assédio não escolhe lado. Pode vir de qualquer pessoa

O assédio não tem cara, cargo ou gênero fixo. Pode ser praticado por homens ou mulheres, por quem manda ou por quem obedece, por quem está há anos na empresa ou por quem acabou de chegar.

O que caracteriza o assédio é a conduta abusiva, repetitiva ou constrangedora, que causa sofrimento, medo, vergonha ou desvalorização.

Além de prejudicar a vítima, ele compromete o clima da equipe, aumenta os afastamentos por saúde mental e pode gerar processos judiciais e prejuízos à reputação da empresa.

O que fazer quando o assédio acontece

Se você for vítima:

  • Anote tudo: datas, horários, nomes e o que aconteceu.
  • Procure ajuda no RH, na ouvidoria ou na CIPA.
  • Se não funcionar, busque apoio fora da empresa (MPT, sindicato, advogados).
  • Cuide da sua saúde emocional. Se puder, procure um psicólogo.

Se você for gestor ou empresa:

  • Tenha regras claras de conduta e ética.
  • Treine todos os colaboradores sobre respeito e prevenção ao assédio.
  • Crie canais seguros de denúncia, com escuta acolhedora e sigilo.

Aja com firmeza quando houver confirmação de assédio. Proteger a vítima é prioridade.

O silêncio protege o agressor, a informação protege a equipe

Assédio não é exagero, não é drama, não é algo “pessoal”. É uma forma de violência que precisa ser reconhecida e enfrentada com seriedade.

E agora a resposta à pergunta do título já está clara: não, o assédio não vem só do chefe. Ele pode partir de qualquer pessoa e em qualquer direção.

Criar um ambiente seguro é uma responsabilidade de todos. E começa com informação, empatia e atitude.

 

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